A liberdade de sonhar. criar. contar a própria história

“A história única cria estereótipos, e o problema com os estereótipos não é que sejam mentira, mas que são incompletos. Eles fazem com que uma história se torne única.”

Chimamanda Ngozi Adichie

O fluxo de informações forma um emaranhado de ideias, que não necessariamente se comunicam. Algumas prevalecem, perduram e sustentam até mesmo o que parece não se integrar mais.

Há conversa, sem diálogo. Todos acreditam deter a autonomia sobre a própria voz, criando uma conta em alguma rede social.

Nessa espiral, todo-tempo-o-tempo-todo, se sustenta uma interação entre imagens, sons, pele, ambientes, objetos, seres não-humanos, Logo ali estão a mudança, a revisão e, principalmente, às DÚVIDAS.

Isso faz sentido? Sempre foi assim? Por quê não mudar? E se…?

Espiral temporal.

Indagar abre espaço. É tecnologia eficiente para entender os ciclos e destravar a criatividade. Acaba sendo ponto de partida para construção de #futuros e abre portas rumo à #inovação.

Inspira o ar lentamente pela narina. Pare um segundo essa leitura. Solte o ar pela boca.

PERCEBA.

Há um movimento sincronico entre todas as criaturas e organismos do planeta Terra. Para fazer dia e noite. E isso segue, independente do que acontece. Porém, alguns aspectos vão mudando como o clima, a vegetação, e quando deixamos de lado o entendimento dos ciclos, podemos cair na exaustão.

A mesma sobrecarga que atravessa o planeta é inspirada pelas nossas narinas (se não fez, volte à indicação acima). Nesse instante, perceba a busca pela sobrevivência facilitada: a informação instatânea, o restaurante mais próximo, entre outros comportamentos.

QUESTIONAR fica de lado. E, na réplica, as histórias ficam repetidas e monótonas, enquanto há uma variedade incomensurável de cores, sabores, experiências e, principalmente, NARRATIVAS AUTÊNTICAS E VOZES A SEREM OUVIDAS.

NATURAL É SER SINGULAR.

Quando falamos e comunicamos, apresentamos uma perspectiva do nosso ponto de vista, seja físico ou imaginário. Convido você a imaginar a controvérsia do momento em que os povos originários avistaram a chegada daquelas caravelas. A vestimenta, a linguagem, os costumes. Absolutamente todos os elementos que se apresentavam eram “inesperados” de ambos os lados.

O conceito de ‘desenvolvidos’ só surgiu após a Segunda Guerra Mundial, porém, nesse momento e, por todo viés histórico, os colonizadores europeus chegaram para civilizar os “selvagens” que habitavam essas terras. Pela força, tomaram posse não apenas dos territórios, mas da forma como a história passou a ser compartilhada. A verdade é que tudo estava lá muito antes. Antes do mundo.

Em um diálogo promovido pela editora Dantes em seu Ciclo Selvagem, o representante do povo Desana, Jaime Diakara, comenta que ‘os não-indígenas falam das nossas narrativas como mitologia. Isso porque, a transmissão do conhecimento ocorre por meio da contação de histórias, e no mundo moderno pautado pela ciência esse conhecimento deveria estar em um livro. Como Diakara ainda aponta, mesmo que se busque compartilhar em livros como na edição da década de 1980 ‘Antes o mundo não existia’,, ‘o próprio informante indígena não consegue descrever todas as coisas que ele quer contar’.

COCRIAR

Com mais perguntas do que respostas, a GiG.Content faz um convite para mergulharmos nesse caos, revisitar as atitudes, abrir espaço à vida em meio a crise sistêmica, desbravar a própria criatividade, se conectar com uma comunicação mais assertiva, estratégica e consciente e vivenciar processos de auto conexão e regeneração.

Mais uma vez, a comunicação e as redes são fundamentais, mas são canais que, assim como cada ser, possuem uma determinada linguagem. Enxergar o envolvimento entre a polifonia de vozes requer tempo, e já existem frestas abertas.

Na era de comunicar, a estratégia de escutar e respirar antes de reagir muda o jogo. Que tal, fazer parte dessa navegação? 🌀🌀🌀

Um gostinho de por onde vamos navegar